O contraste social encontrado na
realidade brasileira tem sido constantemente fonte de duras críticas no cenário
mundial. Sendo abrangido dentro do grupo dos países em desenvolvimento, a nação
canarinho tem dado passes falhos no quesito que diz respeito à resolução das
mazelas sociais que, cada vez mais, vem afetando as camadas menos abastadas da
sociedade. E neste ano, em que o campeonato mundial é sediado no país, a
incoerência entre as realidades se torna ainda mais conflitante.
Os debates acerca dos gastos abusivos
do governo para acolher o evento não são infundados, tendo em vista o leque de
deficiências que a população enfrenta cotidianamente, sem acesso
(principalmente) a educação e saúde de qualidade. Por outro lado, considera-se
que muitos benefícios aqui serão deixados, assim como os avanços em transporte
público, na mobilidade urbana, e a geração de emprego que são as principais
alegações do governo.
O Brasil, como o país mais populoso da América do Sul deveria também se
preocupar em se destacar na promoção de uma educação de qualidade, que é o
primeiro passo para diminuir a desigualdade em todos os outros aspectos: é o
que mostra a estimativa de que a cada 100 brasileiros, apenas 9 possuem diploma
universitário devido a alta desistência de se formar por falta de condições de
prosseguir o estudo por falta de recursos para o pagamentos das mensalidades ou
necessidade de abandonar o curso para arranjar um emprego. Não deve-se deixar
de lado o fato de que nos últimos dez anos o governo brasileiro investiu na
redução da miséria, mas nem desse modo conseguiu evitar a propagação desta dura
realidade para as próximas gerações. Neste ano, dos 135 milhões de eleitores,
apenas 47% já concluíram o ensino fundamental. Qual será o futuro da nação
brasileira com essa triste realidade?
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